O Produto Interno Bruto (PIB) de Mato Grosso do Sul, deve crescer 6,86% no próximo ano, chegando a R$ 227,8 bilhões. A estimativa é da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), com base nos dados históricos de crescimento e nas projeções futuras, levando em conta as tendências observadas nos anos anteriores e as expectativas de variação do IPCA. Segundo o relatório, a previsão é que neste ano o PIB feche em R$ 190,4 bilhões, aumento de 4,65%. Nos últimos seis anos, o PIB dobrou no Estado puxado pela revolução do agronegócio, agroindustrialização e pela chegada de grandes empreendimentos no setor de florestas e celulose.
“O Mato Grosso do Sul vive um ambiente de desenvolvimento e prosperidade, fruto de um trabalho feito com afinco para criação de todo um arcabouço jurídico, fiscal, econômico, ambiental, social, etc, que nos permite experimentar de um crescimento muito acima da média nacional”, destacou o governador Eduardo Riedel.
De acordo com o secretário de Estado Jaime Verruck, o Estado tem consolidado sua posição como um polo estratégico de desenvolvimento econômico, atraindo investimentos em setores fundamentais da economia. Desde 2015, Mato Grosso do Sul prospectou R$ 84 bilhões em investimentos, quase R$ 44 bilhões projetados apenas para 2024. Esses aportes reforçam a posição do Estado como um dos mais dinâmicos no cenário nacional, alavancando sua competitividade econômica e impulsionando a geração de empregos.
Além disso o aumento de 6,8% na área plantada de soja em MS, que supera os 4,5 milhões de hectares cultivados nesta safra e o bom andamento das lavouras colaboram com a projeção otimista de melhoria da riqueza no próximo ano. Se o tempo ajudar, a produtividade estimada é de 51,7 sacas por hectare. Com isso a expectativa é de produção de 13,9 milhões de toneladas.
“Isso é apenas um reflexo daquilo que está acontecendo no Estado todo. Diversificação da base produtiva, expansão de área cultivada, novas indústrias sendo montadas, processo de qualificação profissional muito acentuado para ser reconhecido pela secretaria de educação, a agricultura familiar, a gente também fez um recorde de captação de recursos no Pronaf programa de financiamento para a agricultura familiar, 100% do FCO alocado para o Estado, mais de 2,4 bilhões”, avaliou o secretário.
Ele destaca que a diversificação econômica emerge como um dos principais trunfos do Mato Grosso do Sul para mitigar riscos e garantir um crescimento sustentável. “A agroindustrialização fortalece setores relevantes, como a pecuária e a produção de celulose, ao mesmo tempo que abre espaço para novas oportunidades em áreas como bioenergia e citricultura. Essa ação está alinhada com o objetivo estratégico de diversificar a economia e aumentar a competitividade estadual”, salientou lembrando que em 2025 começam as obras da Arauco em Inocência e serão inauguradas mais três usinas de bioenergia: sendo 2 de cana uma em Paranaíba e outra em Anaurilândia e a usina de etanol de milho em Sidrolândia.
Referência nacional
Mato Grosso do Sul destaca-se como referência em gestão fiscal responsável no Brasil. Com uma taxa de investimento público equivalente a 15,30% da receita corrente líquida, o Estado lidera o ranking nacional, consolidando-se como um exemplo de eficiência e compromisso com o uso dos recursos públicos. Esse desempenho resulta de um equilíbrio nas contas públicas que viabiliza investimentos constantes em infraestrutura, saúde, educação e inovação, pilares fundamentais para o desenvolvimento econômico sustentável. A solidez fiscal é uma base indispensável para o crescimento econômico de longo prazo, pois evita déficits recorrentes, reduz o endividamento e preserva a capacidade do estado de oferecer serviços públicos de qualidade. Além disso, a gestão fiscal aumenta a credibilidade do Estado perante investidores nacionais e internacionais, criando um ambiente propício à atração de capital privado.
O índice PIMPF (Produção Industrial Mensal – Produção Física) acompanha a produção industrial em Mato Grosso do Sul desde 2022. Entre fevereiro de 2022 e outubro de 2024, a Indústria Geral cresceu 62,3%, saindo de 70,8 para 114,9. O destaque foi para as Indústrias de Transformação, impulsionadas por investimentos na agroindústria e bioenergia. O PIMPF confirma a expansão do setor industrial sul-mato-grossense, refletindo o dinamismo econômico e a crescente participação da indústria no desenvolvimento regional.
População Ocupada e Efeito Renda
De acordo com a coordenadora de Estatística e Economia da Semadesc, Bruna Dias, o ciclo de investimentos e a expansão da agroindústria têm gerado impactos significativos no mercado de trabalho, aumentando a ocupação e promovendo o crescimento da renda média da população.
“O rendimento médio mensal real da população residente passou de R$ 2.561 em 2015 para R$ 3.035 em 2023, demonstrando aumento consistente da renda. Na indústria, a remuneração real média também acompanhou essa evolução, crescendo de R$ 3.025,64 em 2015 para R$ 3.547,95 em 2023. Esse avanço da renda média amplia a base de consumo de produtos mais elaborados e serviços de maior valor agregado, incentivando a industrialização e a diversificação econômica. Como vetor importante de desenvolvimento econômico e social, esse processo gera impactos positivos em diversas áreas, consolidando Mato Grosso do Sul como um polo em crescimento”, enfatizou.
Todos estes indicadores, na avaliação do titular da Semadesc apontam os caminhos que o Governo deve tomar em 2025. “Os indicadores mostram que devemos comemorar. O desemprego é de 3,4% no Estado, taxa de pobreza em 2%. Investimento em produtos de escala de estado com mais 20% de investimento público. Então, os indicadores são extremamente favoráveis para a economia do Estado e para a sociedade do estado. Então, a nossa Secretaria está comemorando esse final de ano pelos indicadores positivos “, concluiu.
O primeiro pagamento do Programa Fomento Rural foi iniciado em dezembro de 2024 em Mato Grosso do Sul e o Estado já é o líder no país em inclusão de beneficiários em situação de vulnerabilidade social, segundo o MDS (Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome).
Até o momento, 1.340 famílias rurais sul-mato-grossenses já foram contempladas pelo programa, que é promovido pelo Governo Federal, com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria Executiva de Agricultura Familiar, Povos Originários e Comunidades Tradicionais, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).
De acordo com a Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan), do MDS, o investimento total do Governo Federal neste mês para o programa é de R$ 22,04 milhões, beneficiando 8.945 novas famílias em todo o país. O Mato Grosso do Sul lidera a lista de estados contemplados, seguido pelo Ceará, com 980 famílias, e pela Bahia, com 742 famílias atendidas.
Em Mato Grosso do Sul, a meta do Fomento Rural é beneficiar um total de 5.200 famílias até 2026. O primeiro pagamento no Estado foi realizado a 110 famílias em Corumbá e nos próximos meses dá deverão ser incluídos beneficiários nos municípios de Amambai, Aquidauana, Terenos, Paranhos, Maracaju Caracol e Campo Grande.
O objetivo do Fomento Rural é garantir segurança alimentar e nutricional, além de fomentar a geração de renda sustentável no campo. O repasse financeiro total é de R$ 4,6 mil por família, distribuído em duas parcelas: a primeira de R$ 2,6 mil para o início do projeto produtivo e a segunda de R$ 2 mil, concedida após três meses, mediante acompanhamento técnico. As famílias beneficiárias são acompanhadas por empresas de assistência técnica, que orientam a elaboração e execução dos projetos.
“O Fomento Rural atende famílias rurais em situação de extrema pobreza em Mato Grosso do Sul. É uma iniciativa do governo federal, com o apoio do Governo do Estado, que além de transferir um recurso não reembolsável para ser investido na melhoria da produção desses pequenos agricultores, proporciona acompanhamento social e produtivo dessas famílias. Com isso, nós proporcionamos geração de renda e contribuímos para a segurança alimentar dessas famílias que vivem no campo”, afirmou o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.
O secretário-executivo de Agricultura Familiar, Povos Originários e Comunidades Tradicionais da Semadesc, Humberto de Mello, lembra que “o governador Eduardo Riedel, juntamente com as demais estruturas do governo de Mato Grosso do Sul, se articulou com o governo federal para viabilizar implementação do Fomento Rural em nosso Estado. É uma ação que vai transformar a realidade de comunidades rurais e promover o desenvolvimento sustentável”.
Criado pela Lei 12.512/2011 e regulamentado pelo Decreto 9.221/2017, o Fomento Rural busca fortalecer a produção familiar e promover a inclusão social. O programa atende agricultores familiares, povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), priorizando aquelas em situação de pobreza.
A atuação dos agentes técnicos é essencial para o sucesso do programa. Eles são responsáveis por identificar as famílias beneficiárias, elaborar diagnósticos socioeconômicos e definir as atividades produtivas a serem desenvolvidas, que podem incluir desde a criação de pequenos animais até a produção de artesanato e pesca.
Com os recursos do programa, as famílias podem investir em atividades que garantam autonomia financeira e melhoria das condições de vida, contribuindo para a erradicação da pobreza rural em todo o país.
Para desenvolver e colocar em prática ações voltadas a proteção do Pantanal sul-mato-grossense, o Governo do Estado iniciou a elaboração de um programa que envolve diferentes áreas – educação, saúde, assistência social, segurança pública, e outras – e que vai contribuir para a execução de ações diversas nas diferentes áreas do bioma.
O trabalho terá como foco atender a população pantaneira que vive em 12 municípios da planície e também em outros 22 municípios que fazem parte da Bacia do Paraguai. Com políticas públicas eficientes e conjuntas, a atuação transversal do Governo do Estado já ocorre de maneira continua e permanente, e com o programa será intensificada de maneira moderna e eficiente.
“Tivemos a Lei do Pantanal e iniciamos um movimento de discutir o bioma. A legislação e o seu processo de regulamentação, a conexão com a temática dos incêndios, e com isso pensar no Pantanal como a região que tem o menor IDH do nosso Estado. Esse governo usa o desenvolvimento como ferramenta para promoção das outras agendas, entre elas a ambiental, porque a nossa crença é que ela precisa estar atrelada ao desenvolvimento sustentável. E por isso começamos a organizar um grande programa de investimento estruturante para o Pantanal, que contempla as questões relativas à conservação, e de atendimento à população, de desenvolvimento das atividades econômicas que são possíveis dentro do bioma”, disse Artur Falcette, secretário-adjunto da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).
A primeira reunião de elaboração do programa foi realizada hoje (22), para apresentação dos critérios a serem contemplados, com a participação dos secretários Rodrigo Perez (Segov) e Maurício Simões (SES), além do subcomandante-geral do CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar) Adriano Rampazo, e representantes da Seilog (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística), SED (Secretaria de Estado de Educação), Imasul (Instituto de Meio Ambiente).
E hoje o governo pensa nesse desenvolvimento contemplando todas as áreas, né? Educação, saúde, isso é importante também para o desenvolvimento da região e do Estado. Perfeito, contemplando todas as áreas, porque “A gente precisa olhar sobre uma perspectiva de conservação, e como a gente traz os indivíduos que estão estabelecidos ali, sem isolar eles e garante que tenham acesso a serviços básicos que nós temos no resto do Estado, e possam querer ficar naquele território. A presença humana e do Estado são fundamentais para o desenvolvimento do território, e para a manutenção dos níveis de conservação que a gente tem hoje lá”, explicou Falcette.
O Instituto Taquari Vivo será responsável pelo suporte técnico da proposta que será apresentada. “A proposta será elaborada pelas equipes do Governo do Estado, a gente faz a coordenação e organização, e coloca num formato que os órgãos de financiamento exigem. O objetivo principal é ter uma plataforma de desenvolvimento para o Pantanal, onde as políticas públicas e os investimentos sejam direcionados e articulados”, explicou o diretor executivo do Instituto, Renato Roscoe.
Em 2024, um dos principais trabalhos desenvolvidos pelo Governo do Estado na região do Pantanal sul-mato-grossense envolveu as ações de combate aos incêndios florestais, realizado pelo Corpo de Bombeiros – e outros parceiros. A atuação com planejamento logístico eficiente, garantiu a efetividade do trabalho realizado durante todo o ano e a proteção do bioma.
“Nós sabíamos desde o começo que seria um ano atípico e nos preparamos para isso e a grande inovação foram as bases avançadas. Foi muito difícil, mas foi a grande diferença para a temporada de 2024. Saímos vitoriosos com certeza, porque as previsões eram bem piores que 2020. Vamos melhorar ainda mais a nossa logística com as bases avançadas, além da questão da segurança dos nossos militares. Tudo já está sendo planejado para este ano”, explicou o coronel Adriano Rampazo.
Natalia Yahn, Comunicação Governo de MS Fotos: Bruno Rezende
O Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura) e FCMS (Fundação de Cultura), lançou o edital da Pnab (Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura), com o objetivo de apoiar a realização de eventos culturais de pequeno porte voltados ao segmento de moda e design no Estado.
O valor total disponível para a seleção é de R$ 400.000, com quatro projetos contemplados, cada um com o valor de R$ 100.000.
A iniciativa visa promover e difundir as diversas manifestações culturais da moda e design, ampliando o acesso à cultura e incentivando o fortalecimento dessas áreas em Mato Grosso do Sul. Entre os eventos contemplados estão feiras, palestras, lançamentos de produtos, workshops, desfiles, festivais e outros, que tenham como foco a moda e o design.
Quem pode participar
O edital está aberto para agentes culturais residentes ou que atuem no Estado há pelo menos dois anos. Podem se inscrever pessoas físicas (maiores de 18 anos), Microempreendedores Individuais (MEI), pessoas jurídicas com e sem fins lucrativos, além de coletivos ou grupos culturais sem CNPJ, desde que a inscrição seja feita por uma pessoa física responsável.
Cada agente cultural poderá submeter apenas uma proposta e, caso selecionado, será contemplado com apenas um projeto. O edital também garante cotas para grupos que atendam a categorias específicas: 25% para pessoas negras (pretas e pardas), 10% para pessoas indígenas e 5% para pessoas com deficiência.
As inscrições podem ser feitas entre as 9h do dia 24 de janeiro e as 17h de 18 de fevereiro de 2025. A análise das propostas será realizada entre fevereiro e março, com a publicação dos resultados em 20 de março. Os recursos poderão ser interpostos entre os dias 21 e 27 de março, com a análise final dos recursos prevista para abril.
Cronograma do edital:
Publicação do Edital: 20/01/2025
Período de Inscrições: 24/01/2025 a 18/02/2025
Homologação das Inscrições: 20/02/2025
Análise de Mérito: 21/02/2025 a 18/03/2025
Publicação da Análise de Mérito: 20/03/2025
Interposição de Recursos: 21/03/2025 a 27/03/2025
Análise dos Recursos: 28/03/2025 a 04/04/2025
Publicação da Análise dos Recursos: 08/04/2025
Convocação para Documentação: 09/04/2025 a 24/04/2025
Análise Documental: 25/04/2025 a 30/04/2025
Publicação da Análise Documental: 05/05/2025
Interposição de Recursos sobre Documentação: 05/05/2025 a 12/05/2025
Análise dos Recursos de Documentação: 13/05/2025 a 19/05/2025
Publicação da Lista Oficial de Aprovados: 21/05/2025
Assinatura do Termo de Execução Cultural: 29/05/2025