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“Tenho obrigação de lutar”, diz mãe que perdeu os filhos em Brumadinho

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Manifestações, debates, seminário, exibição de filme e apresentação artística são algumas das atividades que compõem uma extensa agenda em curso desde o início da semana. Os eventos marcam os seis anos do rompimento da barragem da mineradora Vale. O episódio vem sendo lembrado com uma programação que não se restringe a Brumadinho (MG), epicentro da tragédia. Por meio do esforço de diferentes entidades, também foram organizadas atividades em Belo Horizonte, Ouro Preto e São Paulo.

O rompimento da barragem ocorrido há exatos seis anos liberou uma avalanche de rejeitos que gerou grandes impactos ambientais e socioeconômicos que afetaram milhares de pessoas em diferentes municípios mineiros da bacia do Rio Paraopeba. Naquele 25 de janeiro de 2019, foram perdidas 272 vidas, incluindo dois bebês de mulheres que estavam grávidas. Até hoje, nenhuma pessoa foi responsabilizada em âmbito criminal, o que eleva o clamor por justiça na série de atividades programadas pelos atingidos.


Brumadinho (MG), 23/01/2025 - Helena Taliberti. Tragédia em Brumadinho. Foto: Jozzuu/ICLT
Brumadinho (MG), 23/01/2025 - Helena Taliberti. Tragédia em Brumadinho. Foto: Jozzuu/ICLT

Helena Taliberti perdeu os dois filhos na tragédia em Brumadinho – Jozzuu/ICLT

“A gente precisa com muito afinco lutar para que de fato possamos ter um futuro para os nossos filhos, para as novas gerações. Infelizmente eu não tenho mais filhos e não vou ter netos, mas eu acho que tenho obrigação de lutar por isso, para que esse planeta seja viável e para que o Brasil seja viável”, diz a presidente do Instituto Camila e Luiz Taliberti (ICLT), Helena Taliberti.

Com sede em São Paulo, a entidade foi criada em homenagem aos dois filhos de Helena, que morreram respectivamente aos 33 e aos 31 anos de idade. Ambos estavam hospedados na Pousada Nova Estância, que foi engolida pelos rejeitos.

Não foram as únicas vítimas da família. Aos 30 anos, Fernanda Damian, mulher de Luiz Taliberti, também teve sua vida interrompida. Ela estava grávida há cinco meses do primeiro neto de Helena. Estava presente ainda o ex-marido de Helena, pai de Camila e Luiz. Ele acompanhava a viagem junto com sua esposa. Era para ser um dia feliz: o grupo estava na cidade mineira a turismo, para conhecer o Instituto Inhotim, considerado o maior centro de arte ao ar livre da América Latina.

“Não foi uma morte normal e, por isso, não é um luto normal. É um luto muito dolorido, porque a gente sabe que podia ter sido evitado. O rompimento da barragem não teria acontecido se a ética empresarial tivesse sido obedecida”, diz Helena.

De acordo com Helena o que lhe dá forças para continuar na luta por justiça é a união das vítimas, o que possibilita “viver o luto junto”. Ela destaca também os apoios que recebeu desde o primeiro momento e que recebe ainda hoje. “A solidariedade é uma das características do caráter humano que eu mais admiro. As pessoas se mobilizam por amor. E é um amor a um próximo que você não conhece. Eu recebo mensagens até hoje de pessoas me dando apoio, me dando força, dizendo que pensam em nós”.


A house is seen in an area next to a dam owned by Brazilian miner Vale SA that burst, in Brumadinho, Brazil January 25, 2019. REUTERS/Washington Alves
A house is seen in an area next to a dam owned by Brazilian miner Vale SA that burst, in Brumadinho, Brazil January 25, 2019. REUTERS/Washington Alves

Rompimento de barragem em Brumadinho ocorreu há exatos seis anos – Reuters/Washington Alves/Direitos Reservados

Segundo Helena, essas mensagens ajudam a atravessar os momentos mais difíceis. “Para você ter uma ideia eu estou com pneumonia. Todo ano nesta época eu tenho alguma coisa assim. Meu corpo não não aguenta.”

Helena explica que, apesar de estar sediado em São Paulo, o Instituto Camila e Luiz Taliberti possui uma forte união com a Associação dos Familiares das Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem em Brumadinho (Avabrum), que tem um papel de destaque na mobilização por justiça.

Criada também em 2019 por mães e pais, viúvas e viúvos, irmãs e irmãos, filhos e filhas de pessoas que morreram na tragédia, a entidade organiza anualmente em janeiro uma semana de eventos. O cronograma que se iniciou no último domingo (19) incluiu carreata, passeio de bicicleta e um seminário de debates.

Um ato nas ruas do centro de Brumadinho a partir das 11h deste sábado (25) fecha a agenda. A mobilização será reforçada com a presença dos integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), organização que luta contra os impactos causados pela atividade minerária em todo o país e que também também construiu uma programação para marcar a data da tragédia: ao longo dessa sexta-feira (24), uma assembleia, um debate e uma marcha para cobrar por justiça foram realizados em Belo Horizonte.

No ato em Brumadinho, os familiares farão coro à luta contra a impunidade e prestarão homenagens aos entes queridos, os quais são chamados de joia. Trata-se de uma resposta ao ex-presidente da Vale Fábio Schvartsman, que na época da tragédia avaliou que a empresa era um “joia brasileira” que não poderia ser condenada.

Além de apoiar as mobilizações da Avabrum, o Instituto Camila e Luiz Taliberti também possui sua agenda própria. A criação da entidade foi uma ideia que nasceu nos meses seguintes à tragédia, a partir da indignação de amigos dos dois irmãos. A proposta foi abraçada por Helena Taliberti, que preside a entidade. Desde então, vem desenvolvendo uma série de atividades em torno dos seus objetivos: de defender os direitos humanos, empoderando grupos de mulheres e engajados com a preservação do meio ambiente, e cobrar respostas para a tragédia de Brumadinho e outros crimes ambientais.


Brumadinho (MG), 23/01/2025 - Exposição
Brumadinho (MG), 23/01/2025 - Exposição

Exposição Paisagens Mineradas: Marcas no Corpo e no Território está em cartaz no anexo do Museu da Inconfidência, em Ouro Preto – Isabelle Aguiar/ICLT

Para a marca dos seis anos, o instituto inaugurou, no final de novembro do ano passado, a exposição Paisagens Mineradas: Marcas no Corpo e no Território. Reunindo obras de 12 artistas mulheres, a mostra ficará em cartaz até março ocupando um anexo do Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, berço da mineração no século 18, no chamado ciclo do ouro.

Além disso, neste sábado, quem visitar a exposição poderá acompanhar uma performance da artista Morgana Mafra, na qual o público será convidado a uma reflexão sobre as cicatrizes que a exploração mineral deixa nos territórios e nas vidas que os habitam.

Na sequência, quando Morgana Mafra sair de cena, os olhos do público que a acompanha poderão se voltar para a tela onde o documentário Sociedade de Ferro, dirigido por Eduardo Rajabally, aborda as conexões entre grandes empresas e o poder público em meio a uma investigação sobre a tragédia ocorrida em Brumadinho e também a que ocorreu em 2015 na bacia do Rio Doce. Na ocasião, o rompimento de uma barragem da mineradora Samarco, em Mariana (MG), causou 19 mortes e um aborto, além de gerar impactos para populações de dezenas de cidades mineiras e capixabas.

Helena Taliberti explica a aposta no evento como forma de conscientização. “A arte é uma forma de expressão que toca o coração da sociedade de uma forma mais profunda. Escolhemos artistas mulheres especificamente para expressar essa situação porque são as mulheres as mais atingidas por essas tragédias. São muitas viúvas, mães, filhas, esposas”, diz.


Brumadinho (MG), 23/01/2025 - Quadro assinado pela artista Isis Medeiros. Tragédia em Brumadinho. Foto: Lais Teixeira/ICLT
Brumadinho (MG), 23/01/2025 - Quadro assinado pela artista Isis Medeiros. Tragédia em Brumadinho. Foto: Lais Teixeira/ICLT

Quadro assinado pela artista Isis Medeiros, uma das 12 artistas com obras na exposição Paisagens Mineradas: Marcas no Corpo e no Território  – Lais Teixeira/ICLT

Helena destaca a liderança feminina na luta por justiça. Enquanto ela está à frente do Instituto Camila e Luiz Taliberti, oito dos dez membros da diretoria da Avabrum também são mulheres. Além das atividades artísticas em Ouro Preto, o Instituto Camila e Luiz Taliberti convocou também um ato público na região central de São Paulo. A mobilização irá se iniciar às 10h deste domingo (26) na Avenida Paulista. “É importante falarmos desse assunto aqui em São Paulo. Hoje em Minas Gerais, as pessoas sabem as consequências da mineração. Fora de Minas Gerais, as pessoas não sabem”, pontua Helena.

Memória

Para a agenda de 2025, o lema adotado pela Avabrum é “Memória Irreparável – Uma Tragédia que Rompeu Histórias Não Será Esquecida”. A entidade vem adotando uma postura crítica à ideia de reparação. Dois anos após a tragédia, uma série medidas foi prevista em um acordo firmado entre a Vale, o governo federal, os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A mineradora Vale ficou responsável por destinar o valor de R$ 37,68 bilhões ao longo de dez anos, com intuito de reparar os danos coletivos.

Foram previstos investimentos socioeconômicos, ações de recuperação socioambiental, ações voltadas para garantir a segurança hídrica, melhorias dos serviços públicos, obras de mobilidade urbana, entre outras. A implementação das medidas tem sido bem avaliada pelo MPMG e pelo MPF. No entanto, o acordo é alvo de críticas dos atingidos, que o consideram insuficiente para fazer frente aos problemas.

“Quando dizem reparação, dá uma ideia de restaurar e reviver. Eu perdi a família inteira. Como é que tem reparação para isso? Não tem. Infelizmente isso virou um chavão e acaba caindo em um lugar-comum. É uma coisa muito repetida e, na repetição, cai na banalização. Mas não tem reparação. O que eles tentam fazer talvez seja uma retratação. Mas não é uma reparação. E estão fazendo o suficiente? Não. E nunca será. Não vai preencher o lugar vazio dos meus filhos na mesa de Natal ou no dia dos aniversários deles”, avalia Helena.

Ela lembra que, por exigência da Avabrum, todas as obras realizadas com recursos do acordo deverão ter uma placa em homenagem dos 272 mortos. Para Helena, é uma forma de preservar a memória e fazer com que as pessoas permaneçam vivas. “Precisamos homenageá-las, lembrar o que elas foram e o legado que elas deixaram”, defende.


Brumadinho (MG),  26/01/2024 - Vista parcial do Memorial Brumadinho a partir da antiga mina do Córrego do Feijão. Espaço de memoria em homenagem às vítimas do rompimento da barragem. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Brumadinho (MG),  26/01/2024 - Vista parcial do Memorial Brumadinho a partir da antiga mina do Córrego do Feijão. Espaço de memoria em homenagem às vítimas do rompimento da barragem. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Memorial Brumadinho será inaugurado neste fim de semana – Tânia Rêgo/Agência Brasil

É justamente com essa proposta que será inaugurado o Memorial Brumadinho também neste fim de semana. As portas serão abertas pela primeira vez com uma programação em dois dias. Trata-se de um pavilhão com cerca de 1,5 mil metros quadrados de área construída, integrado a um amplo jardim, em um terreno de 9 hectares, pensado para ser um espaço de homenagem e de conexão com as vítimas.

Sua construção foi uma exigência das famílias dos mortos. Elas participaram da seleção do projeto arquitetônico. A Vale bancou o custo da obra e também será responsável por arcar com a manutenção. Mas, embora tenha assumido o compromisso financeiro, a mineradora não participará da gestão do espaço. Esse era um desejo dos atingidos. Apesar do impasse inicial, uma solução foi encontrada em 2023 com a criação da Fundação Memorial de Brumadinho, que terá protagonismo dos familiares das vítimas.

Helena Taliberti lembra que ali será também um espaço de denúncia. Para ela, a memória é importante como instrumento de pressão por responsabilização. Ela cobra que os 16 denunciados pelo MPF sejam julgados. Um deles, o ex-presidente da Vale Fábio Schvartsman, obteve no ano passado um habeas corpus e deixou a condição de réu.

A mãe de Camila e Luiz considera que o julgamento é fundamental para evitar que novas tragédias aconteçam. Ela afirma não ter dúvidas de que a impunidade no caso do rompimento da barragem em Mariana contribuiu para que um episódio similar ocorresse em Brumadinho pouco mais de três anos depois. “Não podemos deixar que isso se repita. As pessoas precisam ser responsabilizadas. Claro que temos que ter muito cuidado em não colocar a carroça na frente dos bois. Existem os denunciados, e a Justiça determinou que eles fossem a julgamento. Então que se faça esse julgamento. Que os denunciados sejam de fato julgados. É a única forma de fazer com que o setor tome atitudes para que isso não aconteça de novo.”

Fonte: Agência EBC de Comunicação

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Consulta pública sobre moderação nas redes recebe sugestões até hoje

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Termina hoje (27) prazo para envio de contribuições à consulta pública sobre a política de moderação de conteúdo das plataformas digitais no Brasil. Aberta no último dia 17, a consulta tem por objetivo receber subsídios da sociedade civil, academia, plataformas digitais, agências de checagem digitais, além de instituições públicas e privadas a respeito do tema.

As contribuições e subsídios sobre o tema devem ser enviados pela plataforma Participa + Brasil até as 18h desta segunda-feira.

Esses subsídios serão utilizados no enfrentamento à desinformação – a exemplo da propagação de fake news -, a promoção e a proteção de direitos fundamentais nas plataformas digitais. Os resultados serão sistematizados e encaminhados para o Supremo Tribunal Federal (STF) em julgamentos sobre o tema.

Em novembro do ano passado, a Corte iniciou o julgamento de duas ações que tratam da responsabilidade civil das plataformas da internet por conteúdos de terceiros e da possibilidade de remoção de conteúdos ofensivos ou que incitem ódio a partir de notificação extrajudicial, ou seja, sem determinação judicial.

O Supremo julga a constitucionalidade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/2014), norma que estabeleceu os direitos e deveres para o uso da internet no Brasil.

De acordo com o Artigo 19, “com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura”, as plataformas só podem ser responsabilizadas pelas postagens de seus usuários se, após ordem judicial, não tomarem providências para retirar o conteúdo.

A primeira ação, relatada pelo ministro Dias Toffoli, o tribunal julga a validade da regra que exige ordem judicial prévia para responsabilização dos provedores por atos ilícitos. O caso trata de um recurso do Facebook para derrubar decisão judicial que condenou a plataforma por danos morais pela criação de perfil falso de um usuário.

No segundo processo relatado pelo ministro Luiz Fux, o STF discute se uma empresa que hospeda um site na internet deve fiscalizar conteúdos ofensivos e retirá-los do ar sem intervenção judicial. O recurso foi protocolado pelo Google.

O julgamento foi suspenso no dia 18 de dezembro, após pedido de vista do ministro André Mendonça.

As contribuições também serão enviadas ao Congresso Nacional, onde tramitam projetos sobre a regulação do setor, e contribuirão em eventuais atos administrativos do governo federal sobre o tema.

Até o momento, a Advocacia Geral da União (AGU), responsável pela consulta, informou que já havia recebido 61 contribuições.

Fonte: Agência EBC de Comunicação

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Lula faz exames de imagem da cabeça e está liberado para viagens

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez novos exames de imagem da cabeça, nesta segunda-feira (27), e foi liberado plenamente para exercer sua rotina habitual de vida, como viagens e atividades físicas. Lula fez uma nova tomografia de controle no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, após os procedimentos a que foi submetido no início de dezembro, na unidade do hospital em São Paulo, devido ao acidente doméstico que sofreu, em outubro de 2024.

“O exame mostra nova redução da coleção [hematoma], compatível com progressiva melhora do quadro”, diz o boletim médico. O presidente permanece sob acompanhamento da equipe médica, aos cuidados do seu médico pessoal, Roberto Kalil Filho, e da médica da Presidência Ana Helena Germoglio.

No dia 19 de outubro de 2024, Lula sofreu uma queda no banheiro da residência oficial, bateu com a cabeça e precisou levar cinco pontos na região da nuca. Durante as semanas que se seguiram, ele fez diversos exames de imagem que mostraram uma pequena hemorragia intracraniana e ficou sob monitoramento.

Até que, em 9 de dezembro, o presidente sentiu dores de cabeça e, depois de exames feitos no Sírio-Libanês, em Brasília, foi transferido para São Paulo, onde foi submetido a uma cirurgia de emergência, chamada trepanação, para drenar o hematoma. Ele também passou por um procedimento endovascular – embolização da artéria meníngea média – para reduzir o risco de formação de novo sangramento, na região entre o osso do crânio e o cérebro.

Em 15 de dezembro, Lula teve alta hospitalar e no dia 19 do mesmo mês retornou para Brasília, com viagens e exercícios físicos restringidos.

Fonte: Agência EBC de Comunicação

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INSS: perícias com médicos em greve serão automaticamente reagendadas

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A partir desta segunda-feira (27), as perícias que estão direcionadas a médicos em estado de greve serão automaticamente reagendadas pela Dataprev para outro perito que esteja atendendo normalmente.

“Os médicos que aderiram à greve terão as agendas suspensas integralmente e será promovido o desconto integral dos salários referentes ao período em que o participante continuar em greve”, informou o Ministério da Previdência Social.

De acordo com a pasta, os segurados que precisam passar por perícia serão notificados sobre o dia e o horário do novo agendamento por meio da Central 135 ou pelo aplicativo Meu INSS (mensagens automáticas).

“A medida administrativa visa proteger os requerentes e preservar o interesse público, assegurando a continuidade da prestação dos serviços públicos essenciais da Perícia Médica Federal e a realização dos atendimentos dos requerentes da Previdência Social.”

Greve

Segundo o ministério, desde setembro de 2024, cerca de 10% dos peritos fazem greve parcial, atendendo número reduzido de perícias.

“O modelo contraria o dever de comunicação prévia nos casos de paralisação de serviços essenciais, conforme a Lei n.º 7.783, de 28 de junho de 1989, e impede que a administração possa mitigar o dano ocasionado pela falta do perito médico e organizar os atendimentos, remarcando as perícias médicas que não serão realizadas.”

O motivo da greve, de acordo com a pasta, é a inconformidade de associação da categoria com acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) que declarou ilegais dispositivos do acordo de greve de 2022, que reduziu em 40% a produtividade dos peritos.

“Seguindo decisão do TCU, o Ministério da Previdência Social criou novo Programa de Gestão e Desempenho para a categoria, o que resultou em aumento da produtividade. A adesão ao novo PGD atingiu 90% dos peritos.”

Fonte: Agência EBC de Comunicação

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