O HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), maior hospital público do Estado, realizou no ano de 2024 mais de 320 mil atendimentos. Além disso, foram realizados mais de 880 mil exames na unidade. Ao longo do último ano, também foram realizadas ali 72,3 mil consultas ambulatoriais.
No hospital são oferecidas, por meio da regulação estadual, consultas ambulatoriais em mais de 40 especialidades. Hematologia (6.107 consultas), ginecologia e obstetrícia (5.812), oncologia clínica (5.567), cardiologia (4.890) e cancerologia pediátrica (4.703) foram as especialidades com mais consultas em 2024.
Diretor-geral do HRMS, o médico Paulo Limberger explica que o hospital é referência em algumas especialidades e atende pacientes de todo o Estado, encaminhados pelo CORE (Complexo Regulador Estadual), da SES (Secretaria de Estado de Saúde).
“Por mês, a média de consultas feitas no ambulatório chega a 6 mil. As consultas são para aqueles pacientes que passaram por uma UBS (Unidade Básica de Saúde) e o médico que a atendeu viu a necessidade de encaminhar para um especialista. Esse paciente é encaminhado ao HRMS pela regulação estadual, após o pedido ser feito em uma UBS”, afirma.
No PAM (Pronto Atendimento Médico), foram registrados 30,4 mil atendimentos em 2024. Destes, mais de 18 mil eram de clínica e cirurgia geral. A média mensal de atendimentos foi de 2,5 mil.
Uma das pacientes do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul é Ereotilde Borba, de 57 anos. Ela teve um infarto, foi atendida em uma UPA (Unidade de Pronta Atendimento) de Campo Grande e foi encaminhada ao HRMS, onde passou por cateterismo e ficou internada.
“Fiquei internada do dia 1º até o dia 5 de dezembro. O atendimento foi muito bom, os funcionários bem educados. Fiz cateterismo, exames de sangue e urina, ecocardiograma, eletrocardiograma e outros exames. Foi a primeira vez que fiquei internada em um hospital e me surpreendi com o atendimento. Recomendaria o hospital para outras pessoas”, afirmou.
Somente em 2024, o HRMS registrou 18,3 mil internações, uma média de 1,5 mil por mês. Clínica geral (3.353), ginecologia (2.525), girurgia geral (2.514), pediatria (1.934) e cardiologia clínica (1.208) são as especialidades com mais pacientes internados no ano passado.
Quando recebeu alta, Ereotilde já teve a consulta de retorno marcada no ambulatório do hospital, onde passou por consulta com um cardiologista. “A consulta foi maravilhosa e tanto o médico quanto a médica foram muito atenciosos. Agora, vou marcar outra consulta para daqui três meses, a pedido do médico”, disse, após deixar a primeira consulta após a internação.
Os números de atendimentos do hospital englobam, ainda, o apoio técnico, que é o atendimento multiprofissional aos pacientes, com fisioterapeutas, fonoaudiólogos, entre outros, ambulatório quimioterápico, banco de leite, centros cirúrgico e obstétrico, farmácia de quimioterápicos, nefrologia e atendimento domiciliar.
Exames complementares
Com mais de 200 exames oferecidos, o Laboratório do HRMS fez quase 800 mil exames no ano passado. Além dos pacientes internados no hospital, são atendidos pelo laboratório os pacientes ambulatoriais de algumas especialidades, como onco-hematologia (adulto e pediátrica), gestantes de alto risco, cirurgia bariátrica, nefrologia, proctologia, risco cirúrgico e hemostasia (para pacientes que controlam uso de anticoagulante).
Com uma das maiores e mais modernas estruturas de Mato Grosso do Sul para a realização de exames de imagem, o HRMS realizou mais de 79,3 mil diagnósticos por imagem no último ano. Nos setores de hemodinâmica, endoscopia e cardiodiagnóstico, foram aproximadamente mais 20 mil exames feitos.
Patrícia Belarmino, Comunicação Funsau/HRMS Foto de capa: Bruno Rezende/Secom Fotos: Arquivo/HRMS
Mato Grosso do Sul já registrou 1.133 casos prováveis de Dengue, sendo 253 casos confirmados, em 2025. Estes dados foram apresentados no boletim referente à 4ª semana epidemiológica, divulgado pela SES (Secretaria de Estado de Saúde) nesta quinta-feira (30). Segundo o documento, não há óbitos registrados ou em investigação.
Nos últimos 14 dias, Selvíria registrou alta incidência de casos confirmados, já Inocência e Pedro Gomes registraram média incidência de casos confirmados para a doença.
Vacinação
Ainda conforme o boletim, 122.224 doses do imunizante já foram aplicadas para idade permitida na bula na população. Ao todo, Mato Grosso do Sul já recebeu do Ministério da Saúde 207.796 doses do imunizante contra a dengue. O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre as doses.
A vacinação contra a dengue é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias de idade, faixa etária que concentra o maior número de hospitalização por dengue, dentro do quadro de crianças e adolescentes de 6 a 16 anos de idade.
Chikungunya
Em relação à Chikungunya, o Estado já registrou 623 casos prováveis, sendo 23 confirmados. Não há óbitos registrados. A SES alerta que as pessoas devem evitar a automedicação. Em caso de sintomas de dengue ou Chikungunya, a recomendação é procurar uma unidade de saúde do município.
Perto da volta às aulas, o Governo de Mato Grosso do Sul promove investimento de R$ 920 milhões para reformas das escolas e modernização das unidades, com novos equipamentos tecnológicos, aquisição de ônibus escolares, além da capacitação e qualificação dos profissionais de ensino.
Estas ações expressivas foram apresentadas nesta quinta-feira (30), durante o lançamento do programa “MS Educação – Educação bem-feita faz o futuro dar certo”, que ocorreu no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo, com a presença do governador Eduardo Riedel.
“Temos que fazer a boa política e valorizar a educação. Melhorar cada vez mais o nível de infraestrutura das nossas escolas. Modernizar, oferecer cursos de formação continuadas aos nossos professores, melhorar refeição, valorizar os professores e administrativos. Continuar o que está dando certo e mudar o que é preciso, dispondo de tecnologia e modernidade”, afirmou o governador.
Riedel destacou que o projeto “educação” é ininterrupto, pois os investimentos e evolução nunca podem parar. “Quando acabar de reformar as escolas, chegar a fibra ótica e lousa digital em todas unidades, ainda teremos mais a fazer. A evolução é constante na área da educação. Quando avaliamos o histórico dos indicadores, do que era e como está, temos a convicção que estamos no caminho certo. Este esforço é feito para atender as crianças que entram na creche e seguem até as universidades”.
Os quase R$ 1 bilhão de investimento na educação são ações que estão em andamento ou já foram concluídas. Deste montante R$ 736 milhões são recursos estaduais em obras, aquisição de bens e equipamentos, além de novos cursos, programas e projetos por parte da UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) e Fadeb (Fundação de Apoio e Desenvolvimento à Educação Básica de MS).
“Vivemos um novo tempo, a educação evolui muito rápido, estamos na era de lousa digital, kit robótica e computadores nas escolas. O Estado precisa correr atrás para não ficar para trás. Estamos seguindo neste caminho, com muitos investimentos para fazer parte desta evolução. Trabalhar para nossa educação dar certo”, afirmou o secretário estadual de Educação, Hélio Daher.
Ele afirmou durante o evento que a construção do bom ambiente escolar favorece a todos. “A qualidade no ensino e na estrutura das escolas não beneficia apenas aos estudantes, mas aos funcionários, merendeiras e professores. Nós temos hoje dois terços da nossa rede estadual reformada. São R$ 700 milhões em obras, sendo R$ 400 (milhões) em reformas que já foram concluídas. Neste momento 150 escolas estão passando por intervenções”.
Investimentos
Nas entregas das SED (Secretaria Estadual de Educação) foram R$ 893,7 milhões, sendo R$ 720 milhões de recursos do Governo do Estado. A maior parte foram direcionados para a reforma das escolas estaduais (R$ 700 milhões), com R$ 400 milhões em obras concluídas e R$ 300 (milhões) que serão finalizadas ainda no primeiro semestre de 2025.
Também foram direcionados R$ 45 milhões para compra de mobiliários em geral e R$ 42 milhões nos uniformes e kits escolares. As lousas digitais já chegaram a 47 escolas (R$ 5,5 milhões), enquanto que foram comprados R$ 18 milhões em computadores (desktops), uma aquisição de 1,5 mil máquinas em 2024 e outros 2.407 aparelhos para 2025.
Já os kits de robótica estão em 145 escolas e o objetivo neste ano é chegar em 331 unidades da rede estadual de ensino. Outra grande conquista foi a aquisição de 136 ônibus escolares, que serão entregues aos 79 municípios do Estado.
“Nós prefeitos tem que agradecer estes avanços na educação nos últimos anos, que contribui diretamente para o ensino nos municípios. O governador Eduardo Riedel manteve e criou um municipalismo ativo, que faz a diferença para população”, afirmou o presidente da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), Valdir Couto Júnior.
Cursos e novos veículos
Os investimentos na educação também chegaram a Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul), com abertura de novos cursos e aquisição de veículos. São R$ 24,5 milhões, sendo R$ 15,5 (milhões) advindos do Governo do Estado.
Neste pacote estão os cursos superiores interculturais em Agroecologia, com foco no atendimento de indígenas dos municípios de Aquidauana e Amambai; assim como criação do curso de Silvicultura, em parceria com a Suzano.
Nova Andradina recebeu o curso de engenharia civil para 2025 e Campo Grande as graduações de Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional. A Uems ainda recebe 22 veículos com recursos do Estado e bancada federal.
Já as entregas da Fadeb-MS somam investimentos de R$ 2,2 milhões. Neste cenário estão programas importantes, como “Jovens Talentos” e “MS Alfabetiza Indígena”, assim como realização de seminários, cursos e encontros e ações direcionadas para gestores municipais de Educação, grêmios estudantis e outras atividades.
Leonardo Rocha, Comunicação do Governo de MS Fotos: Saul Schramm
O dia 30 de janeiro é dedicado à celebração das histórias em quadrinhos brasileiras. A escolha da data se deve à publicação da primeira HQ nacional, As Aventuras de Nhô-Quim, em 1869. Criada pelo cartunista Angelo Agostini, a obra narra a saga de um jovem caipira que visita a Corte do Rio de Janeiro.
Em 1984, a Associação dos Quadrinistas e Cartunistas do Estado de São Paulo (AQC-ESP) oficializou a comemoração, consolidando o reconhecimento do quadrinho nacional.
Nataniel Gomes, professor da UEMS e líder do Núcleo de Pesquisa em Quadrinhos (NuPeQ), esclarece a importância da data.
“Dia 30 de janeiro é o Dia dos Quadrinhos Brasileiros, e há confusão com relação a isso, porque muitos confundem com o Dia Nacional dos Quadrinhos. A AQC-ESP realizou uma pesquisa na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro e verificou que o Brasil é pioneiro na publicação de quadrinhos. Angelo Agostini, um ítalo-brasileiro, começou a publicar em 1867 em um jornal de São Paulo e, posteriormente, no Vida Fluminense, no Rio de Janeiro. Defendo, em artigo publicado por uma revista da USP, que Agostini foi o primeiro quadrinista do mundo, antecedendo os quadrinhos estadunidenses, que tinham maior circulação. Em 1985, a AQC-ESP oficializou o Dia do Quadrinho Nacional com base na data de 30 de janeiro de 1869”.
A relação de Nataniel com os quadrinhos vem da infância, quando se encantou pelas histórias de super-heróis.
“Comecei como leitor voraz na década de 1980 e isso trouxe vantagens, como o acesso a referências literárias que me levaram a buscar as obras originais. Com o tempo, percebi que os quadrinhos são uma arte própria, como o cinema, teatro e literatura. Pesquiso a área cientificamente há 20 anos, e desde 2012 atuo em Mato Grosso do Sul”, explica.
Segundo o pesquisador, os quadrinhos em Mato Grosso do Sul estão em crescimento.
“Há artistas locais produzindo HQs com temáticas regionais e universais, conquistando visibilidade e prêmios. Nosso grupo de pesquisa, liderado por mim e pelo professor Daniel Abrão, é referência nacional, promovendo eventos que reúnem pesquisadores de todo o Brasil”.
Um dos artistas que se destacam no estado é Olímpio Leme, que recentemente teve um projeto aprovado pelo Fundo de Investimentos Culturais. Sua obra Garcia, Luta, Fé e Justiça retrata o personagem histórico Garcia Sete Orelhas. Bancário e quadrinista, Olímpio desenha desde os dois anos de idade e sempre teve contato com HQs.
“Meu pai, arquiteto, me presenteava com revistas da Turma da Mônica, livros dos Irmãos Grimm e literatura clássica. Aprendi a ler aos cinco anos e, ao longo do tempo, me apaixonei por quadrinhos da DC Comics. O impacto da linguagem visual e narrativa sempre me fascinou”, conta.
Olímpio é adepto da arte em preto e branco e busca inspiração na família. “Estudo e aprimoro minha técnica como autodidata. Sou formado em Economia e trabalho em banco, mas nunca deixei a arte. A técnica de nanquim, com jogos de luz e sombra, me encanta. Lembro dos meus pais quando desenho, pois foram eles que estimularam meu interesse pela arte”.
Sua trajetória no mundo dos quadrinhos começou há dez anos, quando foi convidado pelo artista Alexandre Leone para colaborar em um fanzine.
“No início, desenhava em folhas sulfite e usava nanquim. Depois, participei do coletivo Bigorna Ilustrada e sempre quis contar minha própria história. Consumo quadrinhos há 44 anos e queria retratar algo ligado à minha família e ao Mato Grosso do Sul. Quando surgiu a oportunidade, investi na história de Garcia, um personagem que meu pai me contava na infância. Assim, reuni uma equipe para concretizar esse sonho”.
Olímpio deseja usar os quadrinhos para contar as histórias de Mato Grosso do Sul.
“Nosso estado tem uma história rica, mas pouco divulgada. Quero coletar narrativas de famílias, destacar a amizade e a união dos pioneiros que ajudaram a construir nossa região. As HQs têm um papel fundamental para valorizar nossa cultura, promover reconhecimento e nos unir enquanto povo. Quero levar essas histórias para fora do estado e cruzar fronteiras, mostrando que Mato Grosso do Sul é formado por um povo forte, resiliente e unido, levando uma mensagem de esperança, alegria e identidade”.