Para ampliar a fiscalização da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) o governador Eduardo Riedel entregou 23 novos veículos à instituição, que ainda vai contar com 29 novos médicos-veterinários, que vão atuar na função de fiscais estaduais agropecuários. Todo este reforço vai contribuir para que Mato Grosso do Sul receba o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação.
A solenidade de entrega das chaves e apresentação dos novos servidores ocorreu nesta quinta-feira (16), na sede da Iagro, em Campo Grande. “Os novos veículos que chegaram são ferramentas importantes de trabalhos, preparados para chegar em qualquer lugar do nosso Estado, mesmo as áreas mais remotas como Pantanal e nossos técnicos farão bom uso dela. Assim a Iagro terá uma frota adequada, moderna e atual para atuar”, afirmou o governador.
A aquisição de 23 novos veículos é o resultado de um investimento de cerca de R$ 6 milhões em recursos estaduais. Eles serão distribuídos entre as 11 regionais da agência, com o objetivo de modernizar as operações e garantir maior eficiência nas ações de fiscalização.
“A questão da nova frota vai seguir usando os critérios da meritocracia. Temos um sistema que mostra que fiscal fez mais fiscalizações em determinada área, este servidor por exemplo vai ser presenteado com uma nova ferramenta, que seja mais adequada para seu trabalho. Esta ação segue nossa linha de meritocracia e inclusão do produtor dentro do nosso sistema de trabalho”, destacou o diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold.
Novos servidores
Durante o evento teve a apresentação dos novos fiscais estaduais agropecuários, que foram aprovados no último concurso público. São 29 médicos-veterinários, que vão atender 25 municípios do estado, para tornar a fiscalização da Iagro mais eficiente e assim promover o desenvolvimento sustentável das atividades agropecuárias.
Os municípios beneficiados são: Amambai, Aral Moreira, Coronel Sapucaia, Paranhos, Sete Quedas, Corumbá, Dois Irmãos do Buriti, Bodoquena, Camapuã, Sidrolândia, Paranaíba, Inocência, Coxim, Pedro Gomes, Rio Negro, Rio Verde, Deodápolis, Itaquiraí, Juti, Nova Andradina, Novo Horizonte do Sul, Bela Vista, Porto Murtinho, Água Clara e Santa Rita do Pardo.
“Hoje nós temos um sistema de vigilância que abrange todo o Estado, que define quais são os quadrantes de risco, que precisa de mais vigilância. Dentro disto todo este monitoramento direciona onde os técnicos devem atuar com eficiência e segurança. O momento é de dar boas-vindas aos nossos concursados, que acabaram de entrar na nossa instituição e farão parte deste trabalho”, explicou Ingold.
Reconhecimento
Todo este trabalho coletivo e reforço na fiscalização da Iagro vão contribuir para Mato Grosso do Sul buscar o reconhecimento internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação, que poderá ser concedido pela OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal), em maio na França.
“Uma conquista do Estado do Mato Grosso do Sul, onde a Iagro e Semadesc foram muito protagonistas. Assim como o produtor rural que no seu dia a dia fez o dever de casa, conquistou e fez por merecer este status, que é um benefício da própria produção, pois assim consegue atingir novos mercados e valorizar nossos produtos”, disse o governador.
O secretário da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jaime Veruck, avalia que este reconhecimento poderá vir com todo um trabalho coletivo, que contou com um processo de qualificação da Iagro, já que ao tirar a vacina (aftosa), teve que fortalecer a vigilância.
“Quando o Estado tomou a decisão de ser uma zona livre de aftosa, sem vacinação, nós tivemos que cumprir uma série de requisitos, porque ao tirar a vacina, precisa qualificar a vigilância. Isto segue com uma educação do produtor rural, dispondo de um sistema robusto de inteligência para monitorar toda esta estrutura de rebanho no Estado”.
Ele destaca que este trabalho eficiente teve reconhecimento do Ministério da Agricultura e Pecuária, com a Iagro tendo a melhor nota do país em relação as agências de vigilância. “Todo este material é levado para Organização Mundial de Saúde Animal. Em maio vai ter esta avaliação internacional. O impacto disto é a abertura de mercado nacional e internacional”.
Leonardo Rocha, Comunicação do Governo de MS Fotos: Saul Schramm
O primeiro pagamento do Programa Fomento Rural foi iniciado em dezembro de 2024 em Mato Grosso do Sul e o Estado já é o líder no país em inclusão de beneficiários em situação de vulnerabilidade social, segundo o MDS (Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome).
Até o momento, 1.340 famílias rurais sul-mato-grossenses já foram contempladas pelo programa, que é promovido pelo Governo Federal, com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria Executiva de Agricultura Familiar, Povos Originários e Comunidades Tradicionais, da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).
De acordo com a Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan), do MDS, o investimento total do Governo Federal neste mês para o programa é de R$ 22,04 milhões, beneficiando 8.945 novas famílias em todo o país. O Mato Grosso do Sul lidera a lista de estados contemplados, seguido pelo Ceará, com 980 famílias, e pela Bahia, com 742 famílias atendidas.
Em Mato Grosso do Sul, a meta do Fomento Rural é beneficiar um total de 5.200 famílias até 2026. O primeiro pagamento no Estado foi realizado a 110 famílias em Corumbá e nos próximos meses dá deverão ser incluídos beneficiários nos municípios de Amambai, Aquidauana, Terenos, Paranhos, Maracaju Caracol e Campo Grande.
O objetivo do Fomento Rural é garantir segurança alimentar e nutricional, além de fomentar a geração de renda sustentável no campo. O repasse financeiro total é de R$ 4,6 mil por família, distribuído em duas parcelas: a primeira de R$ 2,6 mil para o início do projeto produtivo e a segunda de R$ 2 mil, concedida após três meses, mediante acompanhamento técnico. As famílias beneficiárias são acompanhadas por empresas de assistência técnica, que orientam a elaboração e execução dos projetos.
“O Fomento Rural atende famílias rurais em situação de extrema pobreza em Mato Grosso do Sul. É uma iniciativa do governo federal, com o apoio do Governo do Estado, que além de transferir um recurso não reembolsável para ser investido na melhoria da produção desses pequenos agricultores, proporciona acompanhamento social e produtivo dessas famílias. Com isso, nós proporcionamos geração de renda e contribuímos para a segurança alimentar dessas famílias que vivem no campo”, afirmou o secretário Jaime Verruck, da Semadesc.
O secretário-executivo de Agricultura Familiar, Povos Originários e Comunidades Tradicionais da Semadesc, Humberto de Mello, lembra que “o governador Eduardo Riedel, juntamente com as demais estruturas do governo de Mato Grosso do Sul, se articulou com o governo federal para viabilizar implementação do Fomento Rural em nosso Estado. É uma ação que vai transformar a realidade de comunidades rurais e promover o desenvolvimento sustentável”.
Criado pela Lei 12.512/2011 e regulamentado pelo Decreto 9.221/2017, o Fomento Rural busca fortalecer a produção familiar e promover a inclusão social. O programa atende agricultores familiares, povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), priorizando aquelas em situação de pobreza.
A atuação dos agentes técnicos é essencial para o sucesso do programa. Eles são responsáveis por identificar as famílias beneficiárias, elaborar diagnósticos socioeconômicos e definir as atividades produtivas a serem desenvolvidas, que podem incluir desde a criação de pequenos animais até a produção de artesanato e pesca.
Com os recursos do programa, as famílias podem investir em atividades que garantam autonomia financeira e melhoria das condições de vida, contribuindo para a erradicação da pobreza rural em todo o país.
Para desenvolver e colocar em prática ações voltadas a proteção do Pantanal sul-mato-grossense, o Governo do Estado iniciou a elaboração de um programa que envolve diferentes áreas – educação, saúde, assistência social, segurança pública, e outras – e que vai contribuir para a execução de ações diversas nas diferentes áreas do bioma.
O trabalho terá como foco atender a população pantaneira que vive em 12 municípios da planície e também em outros 22 municípios que fazem parte da Bacia do Paraguai. Com políticas públicas eficientes e conjuntas, a atuação transversal do Governo do Estado já ocorre de maneira continua e permanente, e com o programa será intensificada de maneira moderna e eficiente.
“Tivemos a Lei do Pantanal e iniciamos um movimento de discutir o bioma. A legislação e o seu processo de regulamentação, a conexão com a temática dos incêndios, e com isso pensar no Pantanal como a região que tem o menor IDH do nosso Estado. Esse governo usa o desenvolvimento como ferramenta para promoção das outras agendas, entre elas a ambiental, porque a nossa crença é que ela precisa estar atrelada ao desenvolvimento sustentável. E por isso começamos a organizar um grande programa de investimento estruturante para o Pantanal, que contempla as questões relativas à conservação, e de atendimento à população, de desenvolvimento das atividades econômicas que são possíveis dentro do bioma”, disse Artur Falcette, secretário-adjunto da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação).
A primeira reunião de elaboração do programa foi realizada hoje (22), para apresentação dos critérios a serem contemplados, com a participação dos secretários Rodrigo Perez (Segov) e Maurício Simões (SES), além do subcomandante-geral do CBMMS (Corpo de Bombeiros Militar) Adriano Rampazo, e representantes da Seilog (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística), SED (Secretaria de Estado de Educação), Imasul (Instituto de Meio Ambiente).
E hoje o governo pensa nesse desenvolvimento contemplando todas as áreas, né? Educação, saúde, isso é importante também para o desenvolvimento da região e do Estado. Perfeito, contemplando todas as áreas, porque “A gente precisa olhar sobre uma perspectiva de conservação, e como a gente traz os indivíduos que estão estabelecidos ali, sem isolar eles e garante que tenham acesso a serviços básicos que nós temos no resto do Estado, e possam querer ficar naquele território. A presença humana e do Estado são fundamentais para o desenvolvimento do território, e para a manutenção dos níveis de conservação que a gente tem hoje lá”, explicou Falcette.
O Instituto Taquari Vivo será responsável pelo suporte técnico da proposta que será apresentada. “A proposta será elaborada pelas equipes do Governo do Estado, a gente faz a coordenação e organização, e coloca num formato que os órgãos de financiamento exigem. O objetivo principal é ter uma plataforma de desenvolvimento para o Pantanal, onde as políticas públicas e os investimentos sejam direcionados e articulados”, explicou o diretor executivo do Instituto, Renato Roscoe.
Em 2024, um dos principais trabalhos desenvolvidos pelo Governo do Estado na região do Pantanal sul-mato-grossense envolveu as ações de combate aos incêndios florestais, realizado pelo Corpo de Bombeiros – e outros parceiros. A atuação com planejamento logístico eficiente, garantiu a efetividade do trabalho realizado durante todo o ano e a proteção do bioma.
“Nós sabíamos desde o começo que seria um ano atípico e nos preparamos para isso e a grande inovação foram as bases avançadas. Foi muito difícil, mas foi a grande diferença para a temporada de 2024. Saímos vitoriosos com certeza, porque as previsões eram bem piores que 2020. Vamos melhorar ainda mais a nossa logística com as bases avançadas, além da questão da segurança dos nossos militares. Tudo já está sendo planejado para este ano”, explicou o coronel Adriano Rampazo.
Natalia Yahn, Comunicação Governo de MS Fotos: Bruno Rezende
O Governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Setesc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte e Cultura) e FCMS (Fundação de Cultura), lançou o edital da Pnab (Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura), com o objetivo de apoiar a realização de eventos culturais de pequeno porte voltados ao segmento de moda e design no Estado.
O valor total disponível para a seleção é de R$ 400.000, com quatro projetos contemplados, cada um com o valor de R$ 100.000.
A iniciativa visa promover e difundir as diversas manifestações culturais da moda e design, ampliando o acesso à cultura e incentivando o fortalecimento dessas áreas em Mato Grosso do Sul. Entre os eventos contemplados estão feiras, palestras, lançamentos de produtos, workshops, desfiles, festivais e outros, que tenham como foco a moda e o design.
Quem pode participar
O edital está aberto para agentes culturais residentes ou que atuem no Estado há pelo menos dois anos. Podem se inscrever pessoas físicas (maiores de 18 anos), Microempreendedores Individuais (MEI), pessoas jurídicas com e sem fins lucrativos, além de coletivos ou grupos culturais sem CNPJ, desde que a inscrição seja feita por uma pessoa física responsável.
Cada agente cultural poderá submeter apenas uma proposta e, caso selecionado, será contemplado com apenas um projeto. O edital também garante cotas para grupos que atendam a categorias específicas: 25% para pessoas negras (pretas e pardas), 10% para pessoas indígenas e 5% para pessoas com deficiência.
As inscrições podem ser feitas entre as 9h do dia 24 de janeiro e as 17h de 18 de fevereiro de 2025. A análise das propostas será realizada entre fevereiro e março, com a publicação dos resultados em 20 de março. Os recursos poderão ser interpostos entre os dias 21 e 27 de março, com a análise final dos recursos prevista para abril.
Cronograma do edital:
Publicação do Edital: 20/01/2025
Período de Inscrições: 24/01/2025 a 18/02/2025
Homologação das Inscrições: 20/02/2025
Análise de Mérito: 21/02/2025 a 18/03/2025
Publicação da Análise de Mérito: 20/03/2025
Interposição de Recursos: 21/03/2025 a 27/03/2025
Análise dos Recursos: 28/03/2025 a 04/04/2025
Publicação da Análise dos Recursos: 08/04/2025
Convocação para Documentação: 09/04/2025 a 24/04/2025
Análise Documental: 25/04/2025 a 30/04/2025
Publicação da Análise Documental: 05/05/2025
Interposição de Recursos sobre Documentação: 05/05/2025 a 12/05/2025
Análise dos Recursos de Documentação: 13/05/2025 a 19/05/2025
Publicação da Lista Oficial de Aprovados: 21/05/2025
Assinatura do Termo de Execução Cultural: 29/05/2025