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MAB organiza atos para lembrar seis anos da tragédia em Brumadinho

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Passados seis anos da tragédia ocorrida em Brumadinho, Minas Gerais, quando uma barragem da mineradora Vale rompeu-se, despejando 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos na bacia do Rio Paraopeba – matando 272 pessoas e contaminando água e solo da região –, a realidade local continua sendo de lama, contaminações, rejeitos, poeira e água contaminada para os atingidos.

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) programou para esta sexta-feira (24) e para o sábado (25), em Belo Horizonte, uma série de eventos com o objetivo de denunciar a situação.

“Até hoje, ninguém foi responsabilizado criminalmente, nem pelo rompimento da barragem, nem pelo assassinato das vítimas”, disse à Agência Brasil a assessoria do MAB. De acordo com a entidade, os programas de reparação só reconheceram 10% das pessoas atingidas pela tragédia.

E, do ponto de vista ambiental, a Vale cumpriu apenas 1% da dragagem de rejeitos prevista em acordo, acrescentou.

Danos

Segundo o MAB, as pessoas ainda não retomaram seu padrão de vida. “Continuam sem fonte de renda, até porque muitas famílias viviam do rio, que até hoje está contaminado. É o caso dos pescadores. Outras famílias viviam de pequenas plantações, em especial frutíferas. Há, até hoje, poeira por todo lado, e não há qualquer certeza sobre a qualidade da terra e da água.”

Ainda segundo o movimento, há muitos casos de pessoas que tiveram a saúde afetada e têm despesas que variam de R$ 300 a R$ 700 com medicamentos. Além disso, há gastos com água potável, uma vez que até as águas das cisternas estão impróprias para uso.

A ruptura da barragem da Vale em Brumadinho, na mina Córrego do Feijão, é considerada uma das maiores tragédias ambientais e trabalhistas do Brasil. A estrutura que se rompeu operava respaldada por auditorias da empresa alemã Tüv Süd, que assinou a declaração de estabilidade.

Outra denúncia do MAB é que não há controle, nem participação popular sobre o processo. A própria mineradora é que gerencia a reparação ambiental da tragédia, que atingiu 26 municípios e cerca de 1 milhão de pessoas.

Alerta

O movimento alerta que o contrato firmado em 2021, entre o governo de Minas Gerais, a mineradora Vale e instituições da Justiça, prevê o encerramento de vários programas, apesar de a maioria das pessoas atingidas não terem sido reparadas.

O assunto será debatido ainda nesta sexta-feira durante reunião de representantes dos atingidos e das instituições que assinaram o acordo – Ministério Público de Minas Gerais, Defensoria Pública, Vale e governo do estado.

“A pauta de discussões inclui o auxílio emergencial previsto no programa de transferência de renda. Ele está sendo cortado pela metade a partir de março e será finalizado em abril de 2026”, informou o MAB, ao ressaltar que se trata de um direito previsto em lei. O movimento referia-se à Política Nacional de Direitos das Populações Atingida por Barragens (PNAB).

A normativa estabelece a garantia do pagamento de auxílio emergencial às famílias atingidas até que o padrão de vida seja restabelecido e também assegura o direito à assessoria técnica independente, o que abrange quadros técnicos que auxiliem e orientem as populações atingidas sobre os danos sofridos e as reparações adequadas.

Participação

“Infelizmente, os atingidos não participam de processos, inclusive da reparação ambiental. É a Vale quem propõe; quem diz o que fazer; quem faz e quem fiscaliza. Na teoria, seria o poder público quem deveria acompanhar, mas não temos informações qualificadas para garantir que é o que, de fato, acontece”, diz o MAB, ao defender que os atingidos acompanhem também o processo de recuperação ambiental.

Para tanto, é fundamental a participação de uma assessoria técnica independente, formada, segundo o MAB, por um corpo técnico de advogados, médicos e assistentes sociais para ajudar os atingidos, inclusive, a melhor entenderem tanto os danos como as formas de reparação.

As atividades alusivas aos seis anos da tragédia incluem tais discussões por meio de assembleias, debates, reuniões com instituições de justiça e, por fim, uma marcha pelas ruas da capital mineira.

A Agência Brasil tentou contato com a assessoria de comunicação da Vale, mas, até o fechamento da matéria, a mineradora não respondeu à reportagem.

Fonte: Agência EBC de Comunicação

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Restauração do Mercadão é entregue na semana do aniversário de SP

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Na semana de aniversário de São Paulo, a prefeitura entregou a revitalização do edifício do Mercado Municipal Paulistano (foto), conhecido como Mercadão. Inaugurado em 1933, o espaço passou por intervenções para restauração completa da fachada e dos anexos, instalação de pilares e pendentes, troca do piso e substituição de telhas, além da integração de novas tecnologias para segurança.

Atualmente, o Mercadão recebe, em média, 10 a 12 mil visitantes nos dias úteis e 20 a 30 mil nos fins de semana, sendo um dos principais pontos turísticos e culturais de São Paulo. Os dados são da prefeitura.

Com uma área total de 22.147 m², sendo 18.601 m² construídos, o Mercadão abriga 256 boxes, que incluem empórios, açougues, peixarias e restaurantes. Localizado em frente, o Mercado Kinjo Yamato, que também é municipal, está ainda em fase de restauração com previsão de conclusão até agosto deste ano. O local conta com 109 boxes e barracas, totalizando 365 pontos de comércio entre os dois mercados.

Projetos

Ambos são administrados atualmente pela concessionária Mercado SP, que executou os trabalhos mediante aprovação dos projetos de restauro junto aos órgãos de preservação (Conpresp e Condephaat). Segundo a prefeitura, até o momento as intervenções tiveram investimento de R$ 45 milhões.

“Cada etapa priorizou a cessação de danos, a garantia da estanqueidade das estruturas e o desenvolvimento de melhorias abrangentes, incluindo sistemas hidráulicos, elétricos, de drenagem, proteção contra descargas elétricas, revisão de coberturas e ampliações estruturais”, informou o município, acrescentando que houve implementação de acessibilidade.

As intervenções no edifício do Mercadão foram concluídas e entregues na última segunda-feira (20), mas os reparos nas áreas externas, incluindo estacionamentos e calçadas, receberam recentemente a aprovação dos órgãos de proteção e ainda não foram iniciados.

Fonte: Agência EBC de Comunicação

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Idoso morre após água invadir casa durante chuvas em São Paulo

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O corpo de um homem de 73 anos foi encontrado na manhã deste sábado (25) dentro de sua residência, no bairro de Pinheiros, na capital paulista. A casa foi alagada na tarde de ontem (24), dia em que a cidade registrou o terceiro maior volume de chuva da série histórica, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

A Defesa Civil do estadual informou que o idoso é a 15ª vítima relacionada às fortes chuvas no estado desde 1º de dezembro, quando se iniciou a Operação Chuvas 2024/2025.

Correnteza

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), policiais militares foram acionados para atender a ocorrência e, num terreno com duas casas, encontraram a vítima na residência dos fundos sem vida.

“Na manhã de sábado, um amigo da vítima foi até o local para verificar os estragos da chuva, quando constatou que um veículo havia sido arrastado pela correnteza e danificado o portão da garagem, facilitando a entrada de água na casa. A testemunha entrou na residência e encontrou a vítima, já sem vida e acionou os policiais”, diz nota da SSP. 

 

Fonte: Agência EBC de Comunicação

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Tradição no aniversário de São Paulo, Bolo do Bixiga completa 40 anos

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O tradicional Bolo do Bixiga, que está completando 40 anos, foi distribuído neste sábado (25) em mais uma homenagem ao aniversário da cidade de São Paulo, que chega aos 471 anos. 

Criada em 1985 por Armando Puglisi, conhecido como Armandinho do Bixiga, a tradição continuou mesmo após sua morte, em 1994. O evento foi mantido e organizado por Walter Taverna, que morreu em 2022.

A comunidade paulistana mantém a tradição, como foi possível conferir hoje. O evento começou pela manhã e, por volta de meio-dia, os bolos foram cortados e distribuídos ao público. As pessoas formaram filas, algumas levaram potes e sacolas para carregar seus pedaços.


São Paulo (SP), 25/01/2025 - Tradicional bolo do Bixiga comemorando os 471 anos da cidade de São Paulo. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
São Paulo (SP), 25/01/2025 - Tradicional bolo do Bixiga comemorando os 471 anos da cidade de São Paulo. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

São Paulo (SP), 25/01/2025 – Tradicional bolo do Bixiga comemorando os 471 anos da cidade de São Paulo. Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil – Paulo Pinto/Agência Brasil

Chuvas

A população da cidade comemora seu aniversário enquanto precisa lidar com os prejuízos das fortes chuvas desta sexta-feira (24). A capital registrou, na ocasião, o terceiro maior volume de chuvas – 125,4mm -, desde o início da série histórica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em 1961.

O sábado está com funcionamento parcial da linha 1 azul do Metrô, que atravessa a cidade desde a zona norte até a zona sul, devido ao alagamento dos trilhos e da estação Jardim São Paulo. O trecho entre as estações Tucuruvi e Santana está sendo atendido por ônibus do sistema Paese. Além disso, os trens circulam com velocidade reduzida no restante da linha, de Santana ao Jabaquara.

Ao longo de seu percurso, a linha leva a pontos icônicos da cidade, como a Estação da Luz, a Avenida Paulista, Praça da Sé, bairro da Liberdade, Pinacoteca e Museu da Língua Portuguesa, além do Terminal Rodoviário do Tietê. Ela tem ainda ligação com as linhas 2 verde, 3 vermelha, 4 amarela e 5 lilás do Metrô.

Fonte: Agência EBC de Comunicação

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