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Retirada de produtos tóxicos do rio Tocantins deve ser feita em abril

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A retirada das bombonas de agrotóxicos que caíram no rio Tocantins, com a queda da ponte Juscelino Kubitschek, na BR-226, entre Estreito, no Maranhão, e Aguiarnópolis, no Tocantins, deve acontecer no fim de abril, segundo informou o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Na queda, duas carretas com ácido sulfúrico e uma com agrotóxicos caíram com a ponte e ficaram a uma profundidade de mais de 40 metros. Bombona é uma frasco bojudo destinado ao transporte e armazenamento de gases e produtos químicos

Segundo o Ibama, a retirada decorre do aumento no volume da vazão do rio por conta da abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito (UHE), operada pelo Consórcio Estreito Energia (Ceste). O aumento no volume e, consequentemente na correnteza do rio Tocantins, inviabiliza a realização de mergulhos.

“Considerando as dificuldades relacionadas à profundidade do rio no local do acidente – mais de 40 metros, a vazão de água, visibilidade entre outros aspectos – estimou-se a necessidade de 145 dias de mergulhos para a retirada de todo o material do leito do rio, conforme indicado no Plano de Mergulho da Empresa Port Ship, contratada pela Ambipar [Ambipar Participações e Empreendimentos S/A] para a atividade”, informou o Ibama nessa terça-feira (21), por meio de sua assessoria de comunicação.

Dos caminhões que caíram no rio Tocantins com o colapso da ponte, dois transportavam ácido sulfúrico, totalizando 76 toneladas do produto, e um levava 22 mil litros de agrotóxicos: Carnadine, Pique 240SL e Tractor.

Para a operação de resgate, as companhias transportadoras de produtos perigosos e a empresa dona da carga de agrotóxicos contrataram empresas de resposta a emergências químicas.

Mergulhos

Os mergulhos realizados até o dia 9 de janeiro conseguiram retirar 29 bombonas com 20 litros de agrotóxicos cada. No dia seguinte, os trabalhos foram suspensos devido ao aumento de vazão de água da Usina Hidrelétrica de Estreito.

O Ibama explicou que a realização de mergulhos no local só é possível – de maneira segura e eficaz – quando a vazão do rio está em aproximadamente 1.000 m³/s. Esta vazão só é possível por ações de controle realizados pela UHE Estreito.

O consórcio que administra a usina informou não ser possível garantir uma vazão que assegure janelas de mergulhos no período úmido, que se estende até fim de abril.

O Ibama disse que – com o aumento da vazão do rio Tocantins – é esperado que as bombonas se desloquem da área do acidente, podendo atingir localidades distantes.

“Diante dessa possibilidade, foi solicitado ao Consórcio Estreito Energia (Ceste) apresentação de previsão da vazão à jusante da UHE Estreito e previsão de abertura de possíveis janelas para mergulho, com o controle da vazão para próximo a 1.000 m³/s.”, informou o órgão ambiental.

Tragédia

A Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ligava os estados do Maranhão e Tocantins pela BR-226, desabou no fim da tarde do dia 22 de dezembro de 2024. Na ocasião, três veículos de passeio, três motocicletas e quatro caminhões que trafegavam na ponte caíram no rio, com 18 pessoas. A operação de busca e resgate teve início ainda no mesmo dia com o uso de embarcações.

Das 17 pessoas desaparecidas na tragédia, 14 já foram localizadas. As buscas pelos desaparecidos continuam a ser realizadas com a utilização de embarcações e drones aéreos. Os mergulhos foram suspensos em razão do aumento no volume da vazão do rio Tocantins por conta da abertura das comportas da usina hidrelétrica de Estreito.

As pessoas que permanecem desaparecidas após o acidente na ponte são: Salmon Alves Santos, de 65 anos e Felipe Giuvannuci Ribeiro, 10 anos, avô e neto, respectivamente, e Gessimar Ferreira da Costa, de 38 anos.

Fonte: Agência EBC de Comunicação

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Criança com microcefalia causada por Zika tem mais risco de internação

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A epidemia do vírus Zika, que atingiu o Brasil em 2015 e teve como uma das principais consequências o nascimento de bebês com microcefalia – redução do tamanho da cabeça –, fez com que esses bebês tenham riscos maiores de internações hospitalares. Uma vez internados, esses pacientes precisam de mais tempo para obter alta médica.

A constatação faz parte de um estudo produzido pelo Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A pesquisa foi publicada na revista científica International Journal of Infectious Disease, editada pela Sociedade Internacional de Doenças Infecciosas, uma organização sem fins lucrativos sediada em Boston, nos Estados Unidos.

A conclusão principal do levantamento é que as crianças vítimas do Zika apresentaram taxas de hospitalização entre três e sete vezes maiores que as de crianças sem a síndrome. Além de precisarem ir mais a hospitais, os pacientes com microcefalia ficam internados “por períodos extensivamente mais longos”.

Os pesquisadores brasileiros coletaram informações de 2 mil casos de crianças com síndrome congênita do zika (SCZ), a doença que compromete o tamanho da cabeça e a formação dos neurônios (células do sistema nervoso). Os dados foram comparados com os de 2,6 milhões de crianças sem a síndrome.

Foram analisados índices de admissões em hospitais, os principais motivos e tempo de internação durante os primeiros quatro anos de vida das crianças.

Outra conclusão é que, enquanto as crianças sem a síndrome diminuíram as taxas de hospitalização de forma progressiva ao longo do tempo, as que possuem SCZ mantiveram altas taxas durante todo o período avaliado.

Doenças combinadas

De acordo com o médico líder do estudo, João Guilherme Tedde, as crianças com microcefalia correm risco de doenças combinadas. “Além das condições típicas da idade, como infecções e doenças respiratórias, essas crianças apresentam complicações diretamente relacionadas à SCZ.” Isso leva à conclusão, segundo a Fiocruz, de que cada condição pode atuar como um fator de risco para a outra, em uma espécie de círculo vicioso.

O trabalho é um dos primeiros a avaliar os riscos de hospitalização em pacientes com SCZ ao longo da primeira infância.

No artigo, os pesquisadores contextualizam que a minoria das crianças que nasceram com a síndrome sobreviveu ao primeiro ano de vida. O estudo estima que o Brasil teve cerca de 20 mil casos suspeitos da doença.

Crianças com microcefalia podem apresentar atrasos no desenvolvimento, deficiência intelectual, problemas motores e de equilíbrio, convulsões, dificuldade de se alimentar, perda auditiva e problemas de visão.

O público mais atingido pela epidemia de 2015 era formado por famílias pobres que moravam em áreas mais quentes e com alta circulação de mosquitos. A principal forma de transmissão do Zika é pela picada do mosquito Aedes aegypti, mesmo hospedeiro do vírus causador da dengue e da chikungunya.

Ao destacar que a maior parte das vítimas do vírus Zika é de famílias de baixa renda, notadamente do Nordeste, dependentes do Sistema Único de Saúde (SUS) e de programas de transferência de renda condicionada, os pesquisadores apontam a necessidade da elaboração de planos de cuidado estruturados, “com foco no manejo ambulatorial das crianças com SCZ”.

A Fiocruz sinaliza que um outro estudo preliminar da mesma equipe revela que crianças com a síndrome têm risco de morte 30 vezes maior para doenças do sistema respiratório, 28 vezes maior para doenças infecciosas e 57 vezes maior para doenças do sistema nervoso.

Prevenção

Os autores sinalizam para a “urgência do desenvolvimento de uma vacina que ofereça imunidade duradoura contra o vírus Zika.

Instituições como a Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto Butantan desenvolvem estudos para uma vacina. Este mês, o Ministério da Saúde intensificou ações de combate a arboviroses (doenças virais transmitidas principalmente por artrópodes, como mosquitos), entre elas, a zika.

Também participaram do trabalho científico da Fiocruz especialistas do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC/UFBA) e da London School of Hygiene & Tropical Medicine (LSHTM).

Fonte: Agência EBC de Comunicação

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AGU afirma que o governo não vai se omitir após decisões da Meta

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O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, disse, em audiência pública em Brasília, motivada pela alteração de políticas de moderação de publicações da Meta, que o Estado não vai se omitir após decisões da empresa. “A omissão não é uma opção para este governo. Estamos preocupados em proteger a sociedade brasileira”, afirmou.

Ele defendeu que o Estado é responsável pela segurança não apenas nas ruas. “Nós temos o compromisso de segurança em todas as vias, inclusive nas digitais”. 

As plataformas digitais convidadas para a audiência não apareceram para a audiência, que ocorreu nesta tarde, e contou com a participação de pesquisadores do tema e membros de diferentes grupos da sociedade. 

O AGU disse que a decisão sobre essas mudanças da política de exclusão de conteúdos preconceituosos, inclusive, afetam a vida de milhões de brasileiros. “Nós não podemos desconhecer que as plataformas digitais, para além de entretenimento, representam uma via importante de informação das pessoas”. 

Proteção

Para o ministro, diante dessas novas políticas nas redes, é necessário proteção de crianças e adolescentes, empresários que utilizam as redes sociais para negócios, os consumidores e a sociedade em geral para a prática de crimes. “Infelizmente, nós temos que constatar que as redes são utilizadas também para a prática de crimes de toda a ordem”, lembrou.  

Jorge Messias defendeu a audiência pública, afirmando que serve para uma tomada de argumentos e subsídios, a partir da fala dos especialistas. Ele explicou que o conteúdo também será encaminhado ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal. 

Ele garantiu que não existe, por parte do governo, um pré-julgamento de nenhuma rede, acrescentando que há interesse de dialogar e trabalhar em cooperação com todas as plataformas. 

O ministro ponderou que a ausência na audiência pública por parte dos representantes da empresa não “interdita o debate”. 

Compareceram ao evento 200 pessoas, segundo a AGU.

Fonte: Agência EBC de Comunicação

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Saúde encaminha 2 milhões de testes rápidos de dengue para São Paulo

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Para tentar identificar os casos de dengue de forma precoce, principalmente em municípios com acesso limitado a serviços laboratoriais, o Ministério da Saúde decidiu distribuir 6,5 milhões de testes rápidos em todo o Brasil. Desse total, 2 milhões serão encaminhados para o estado de São Paulo, região que, no ano passado, apresentou recorde de casos de dengue.

O investimento da pasta com essa estratégia é de R$ 17,3 milhões. A distribuição, informou a pasta, deve ser iniciada já na próxima semana.

O teste rápido é uma terceira opção para o diagnóstico de dengue no Sistema Único de Saúde (SUS). Esse teste detecta a presença do vírus da dengue, mas sem identificar o sorotipo. Além dele, outros dois tipos de testes estão disponíveis no SUS: o de biologia molecular e o sorológico.

De acordo com a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, os testes rápidos serão complementares às estratégias já existentes para controle do vetor.

Fonte: Agência EBC de Comunicação

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